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Estado de Minas

Edinho: "não acredito que governo tenha de debater plano B para ajuste"


postado em 06/05/2015 11:49 / atualizado em 06/05/2015 12:15

Brasília - Em meio à resistência à aprovação das medidas provisórias 664 e 665 no Congresso Nacional, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, disse nesta quarta-feira, 5, não acreditar que o governo "tenha de debater plano B" para o ajuste fiscal. Segundo Edinho, "quando você faz ajuste fiscal, as questões são polêmicas" e, no caso do PT, pela sua origem sindical, as questões "não são simples".

"Quando você faz um ajuste fiscal por si só essas questões são polêmicas aqui e em qualquer democracia do mundo, são questões que terão de ser negociadas", comentou Edinho Silva, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

"Pela origem do PT, sindical, historicamente com ligação forte com movimentos sociais, não são questões simples. A construção de uma posição majoritária tem de se dar por meio do diálogo. Se essas questões são contraditórias pro PT, são contraditórias pros demais partidos da coalizão, pro PMDB, mas não vejo isso como um problema."

Contradições

Na avaliação do ministro-chefe da Secom, "as contradições criadas no debate do Legislativo" serão superadas por meio do diálogo. "Não tenho dúvida que as questões de interesse do País vão prevalecer, mesmo sendo um processo de muita negociação. O ajuste preserva os direitos históricos dos trabalhadores. Nenhuma lei é intocável. A realidade brasileira se alterou muito, as adequações inclusive foram pensadas e formuladas no sentido de garantir os direitos para que esses direitos possam atender de forma mais eficaz aqueles que mais precisam", afirmou Edinho Silva.

"O trabalhador não está perdendo com o ajuste, o ajuste se adapta àquilo que foi conquistado pelos trabalhadores pra que não haja distorções, fraudes. Não acredito que governo tenha de debater plano B."

O ministro reiterou de que "forma alguma" as medidas provisórias que alteram as regras de benefícios trabalhistas e previdenciários "serão distorcidas ou perderão sua efetividade".

"O governo vai alcançar a meta (de superávit primário, de 1,2% do PIB) e fazer com que ajuste se realize", assegurou o ministro.

O vice-presidente Michel Temer disse na última segunda-feira, 4, que, se não houver um ajuste, o contingenciamento orçamentário "será muito radical".


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