Apesar de afirmar que a medida provisória é prejudicial ao trabalhador, o PMDB havia aceitado votar favoravelmente, pois o governo diz que a alteração nas regras do seguro-desemprego são fundamentais para a economia brasileira. O partido, no entanto, não quer protagonizar a aprovação da medida impopular e espera uma manifestação favorável do PT, que mudou de discurso no programa de TV levado ao ar na noite de terça-feira.
"Achamos o ajuste restritivo de direitos, portanto não é agradável", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ),que desde ontem cobra um posicionamento claro do PT sobre o assunto. "Se não há convencimento (no PT) de que ele (o ajuste) é necessário, nos desobrigamos a apoiá-lo", afirmou Picciani. "Não votaremos até que o PT nos diga o que quer".
O assunto foi tema de uma reunião de líderes da base com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), responsável pela articulação política do governo. Segundo participantes do encontro, o Planalto sinalizou que o presidente do PT, Rui Falcão, daria a sinalização que o PMDB cobra. A bancada do PT na Câmara se reúne no início desta tarde.