Janot tem evitado comentar os ataques que tem recebido de parlamentares investigados na Operação Lava Jato. A interlocutores, o procurador-geral tem dito que "enquanto eles (parlamentares) falam, eu trabalho e o processo continua andando".
Na manhã desta terça, Cunha disse que as investigações movidas contra têm motivação pessoal de Janot. A fala do presidente da Câmara aconteceu um dia depois de o procurador-geral ter dito que vê "evidências fortes" para investigar o deputado. Cunha disse ontem que foi "escolhido" por Janot para ser investigado por uma "querela pessoal". Na avaliação de Cunha, o procurador-geral foi "contestado" publicamente e por isso insiste em mantê-lo como alvo da investigação.
Ainda no evento, Janot evitou responder diretamente as críticas. "O Ministério Público faz e não fala, por mais difícil que seja a tarefa. Quanto mais difícil a tarefa, mas somos chamados a ser Ministério Público. Por mais dura que possa ser a nossa atuação e a nossa obrigação, o que nos faz fortes não é falar. O que nos faz fortes é agir de forma reta e simples como Ministério Público por isso é que nas nossas tarefas, por mais difíceis que sejam e hoje estamos enfrentando momentos com tarefas difíceis para todos nós", disse Janot, em mensagem a procuradores.
Desde que as investigações da Lava Jato foram abertas, Janot tem evitado responder diretamente às críticas sobre as decisões do Ministério Público Federal. Ele tem se valido de mensagens a procuradores e de reuniões dos Conselhos dos quais participa, como o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para mandar um "recado" de forma mais sutil e indireta. "O Ministério Público responde a críticas, responde as eventuais insatisfações no foro que lhe é próprio no foro em que o Ministério Público atua profissionalmente. O Ministério Público responde no foro judicial, ou no foro extrajudicial naquelas causas em que ele desenvolve a sua própria atuação", disse Janot..