A CPI da Petrobras ouve nesta quinta-feira, na Câmara dos Deputados, o presidente da empresa Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro. A empresa foi criada para construir sondas de perfuração para exploração do petróleo do pré-sal.
Segundo o ex-gerente de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco, houve pagamento de propina a diretores da Petrobras nos contratos de construção de 28 sondas de perfuração. O executivo será ouvido a pedido da sub-relatoria da CPI que investiga irregularidades na operação da Sete Brasil e na venda de ativos da estatal na África.
Segundo depoimentos de Pedro Barusco, a Sete Brasil, uma empresa privada, foi criada por iniciativa da Petrobras em 2011 e sua operação envolvia financiamento do BNDES, assim como recursos dos fundos de pensão Petros, Previ (do Banco do Brasil), Valia (da Vale do Rio Doce), Funcef (da Caixa Econômica Federal), Petrobras e dos bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander.
Barusco foi nomeado diretor da empresa, que foi contratada pela Petrobras para construir 28 sondas de perfuração, uma operação com valor total de US$ 22 bilhões.
De acordo com o ex-gerente da Petrobras, houve pagamento de propina de 1% sobre os contratos entre a Setebrasil, divididos da seguinte maneira: dois terços para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e um terço para ele, Barusco, e outros dois diretores da empresa, João Carlos de Medeiros Ferraz (presidente da Setebrasil) e Eduardo Musa (diretor de Participações).
Segundo Barusco, a propina destinada a Vaccari tinha origem nos contratos firmados entre a Setebrasil e os estaleiros Atlântico Sul, Enseada do Paraguaçu, Rio Grande e Kepel Fels. A propina destinada a diretores tinha origem nos contratos firmados entre a Setebrasil e os estaleiros Kepel Fels e Jurong.
Crise
Com a deflagração da Operação Lava-Jato, houve troca da diretoria da Sete Brasil e o financiamento previsto não saiu do papel, o que gerou uma crise econômica na empresa, com a paralisação da construção de sondas e demissão de funcionários.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, disse em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara que a paralisação dos projetos gerou mais de 30 mil desempregados. “A Sete Brasil deixou de pagar 1,5 bilhões de dólares aos estaleiros que ela contratou para construir sondas de exploração”, disse Rocha.
Para se ter ideia do impacto desses contratos para a indústria naval brasileira, as sondas que estão sendo construídas pela Sete Brasil correspondem a mais da metade dos 70 mil empregos de toda a indústria naval do País, que somam 324 obras, segundo o presidente do Sinaval.
Com Agência Câmara
Segundo o ex-gerente de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco, houve pagamento de propina a diretores da Petrobras nos contratos de construção de 28 sondas de perfuração. O executivo será ouvido a pedido da sub-relatoria da CPI que investiga irregularidades na operação da Sete Brasil e na venda de ativos da estatal na África.
Segundo depoimentos de Pedro Barusco, a Sete Brasil, uma empresa privada, foi criada por iniciativa da Petrobras em 2011 e sua operação envolvia financiamento do BNDES, assim como recursos dos fundos de pensão Petros, Previ (do Banco do Brasil), Valia (da Vale do Rio Doce), Funcef (da Caixa Econômica Federal), Petrobras e dos bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander.
Barusco foi nomeado diretor da empresa, que foi contratada pela Petrobras para construir 28 sondas de perfuração, uma operação com valor total de US$ 22 bilhões.
De acordo com o ex-gerente da Petrobras, houve pagamento de propina de 1% sobre os contratos entre a Setebrasil, divididos da seguinte maneira: dois terços para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e um terço para ele, Barusco, e outros dois diretores da empresa, João Carlos de Medeiros Ferraz (presidente da Setebrasil) e Eduardo Musa (diretor de Participações).
Segundo Barusco, a propina destinada a Vaccari tinha origem nos contratos firmados entre a Setebrasil e os estaleiros Atlântico Sul, Enseada do Paraguaçu, Rio Grande e Kepel Fels. A propina destinada a diretores tinha origem nos contratos firmados entre a Setebrasil e os estaleiros Kepel Fels e Jurong.
Crise
Com a deflagração da Operação Lava-Jato, houve troca da diretoria da Sete Brasil e o financiamento previsto não saiu do papel, o que gerou uma crise econômica na empresa, com a paralisação da construção de sondas e demissão de funcionários.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, disse em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara que a paralisação dos projetos gerou mais de 30 mil desempregados. “A Sete Brasil deixou de pagar 1,5 bilhões de dólares aos estaleiros que ela contratou para construir sondas de exploração”, disse Rocha.
Para se ter ideia do impacto desses contratos para a indústria naval brasileira, as sondas que estão sendo construídas pela Sete Brasil correspondem a mais da metade dos 70 mil empregos de toda a indústria naval do País, que somam 324 obras, segundo o presidente do Sinaval.
Com Agência Câmara