O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 233 votos a 184 e 5 abstenções, destaque do PSDB à Medida Provisória 665/14 que permitiria o recebimento do salário-família juntamente com o seguro-defeso. Esse foi o último destaque apresentado, que foi rejeitado assim como os anteriores.
Com o fim da análise dos destaques, a matéria será enviada para votação no Senado. Após a votação, a Ordem do Dia da Câmara foi encerrada.
Uma das emendas mais polêmicas e que também foi rejeitada, previa redução da exigência para solicitar pela primeira vez o seguro-desemprego. O prazo seria reduzido de um ano para oito meses de comprovação de efetivo trabalho. Nas demais solicitações, o prazo seria de seis meses. O texto mantido pelos deputados, contudo, prevê nove meses para a segunda solicitação e seis meses nas demais.
Enquanto muitos deputados saíam do Plenário, após votar o último pedido de alteração à medida provisória, parlamentares da oposição continuavam a criticar o posicionamento do governo. “Quem está com pressa de ferrar o trabalhador é que está com pressa de acabar a votação. Vão para o aeroporto, peguem o avião e peçam perdão ao povo brasileiro”, ironizou o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT).
Já o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), repetiu o gesto da quarta-feira (6) à noite e agradeceu à base aliada pela aprovação do texto como veio da comissão mista. Ele agradeceu inclusive a deputados da oposição que votaram contra a indicação de seus partidos e “a favor do País”, segundo Guimarães. “Não retiramos, não atacamos os direitos dos trabalhadores, mas aperfeiçoamos.”
Texto-base
Os deputados aprovaram ontem o texto-base do senador Paulo Rocha (PT-PA) para a MP 665, que muda as regras de concessão do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso para o pescador artesanal. Nesta quinta-feira, foram analisados os destaques apresentados.
Com Agência Câmara