"Nós voltamos esperançosas e absolutamente conscientes. Afirmamos que o Brasil é determinante para resolver o problema político de nosso país. E é por isso que vamos seguir insistindo, por todas as vias possíveis, diplomáticas, sociais e politicas, para que o Brasil demonstre o seu caráter democrático ante essa situação", disse Mitzy.
No final da tarde, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o chefe do Departamento da América do Sul II, Clemente Baena Soares, estava à disposição para receber a comitiva. Apesar de terem considerado um avanço o gesto do governo, a mulher de Leopoldo López teria ficado descontente por ser recebida por um membro do segundo escalão do ministério, enquanto o representante do presidente Nicolás Maduro, Tarek William Saab, havia tido uma reunião com o próprio chanceler à tarde.
Pela manhã, já havia chegado a elas uma carta da presidente Dilma Rousseff, assinada pelo chefe do gabinete pessoal da petista, Álvaro Henrique Baggio. No documento, Dilma, apesar de não ter aceitado recebê-las pessoalmente, reconhecia "as iniciativas" da oposição e iria "procurar incansavelmente uma solução para crise" da Venezuela. Segundo um auxiliar direto da presidente, um eventual encontro de Dilma com Mitzy e Lilian poderia ser visto como uma "intromissão em assuntos internos" daquele país..