Brasília, 11 - Na véspera da sabatina do advogado Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a presidente Dilma Rousseff convidou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para acompanhá-la no voo da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo a Joinville (SC), onde é velado o senador Luiz Henrique da Silveira.
Silveira morreu aos 75 anos, de parada cardíaca, neste domingo, 10. Além de Calheiros, a presidente também convidou os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Delcídio Amaral (PT-MS) para acompanhá-la na cabine presidencial do avião. Gleisi, Rodrigues e Raupp integram a CCJ.
De acordo com um auxiliar de Dilma, o gesto foi uma forma de se reaproximar dos senadores, às vésperas de o nome de Fachin ser apreciado pelo Senado. O governo teme a rejeição do nome dele. Segundo noticiou nesta segunda-feira, 11, o jornal O Estado de S. Paulo, o advogado tem se mobilizado nas redes sociais na internet para rebater acusações e diminuir a rejeição ao próprio nome.
Em vídeos postados no YouTube, Fachin nega ter posições contrárias à família e afirma que "é evidente que no Direito brasileiro não há lugar para o reconhecimento da poligamia". Mais cedo, o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Edinho Silva, disse nesta segunda-feira confiar no "bom senso do Senado" na apreciação do nome indicado por Dilma para assumir uma das cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF).
"O governo tem confiança no Senado e no bom senso do Senado e tem confiança no currículo de um jurista que, como eu já disse, certamente, é um dos maiores juristas do nosso País", disse Edinho Silva.