"Existia algo privado.
Argôlo respondeu apenas perguntas pontuais aos deputados, que estão desde ontem em Curitiba para ouvir 13 alvos da Lava Jato presos. Ele afirmou que está colaborando com a Justiça. "Dos três ex-parlamentares fui o primeiro e único a prestar depoimentos."
O ex-deputado afirmou que após ser denunciado formalmente à Justiça terá a oportunidade de se defender. "Eu apanhei e fui denunciado e criticado em ano eleitoral. Se tudo isso fosse antes da eleição mudaria muito o resultado das eleições."
Além de ser supostamente sócio em uma empresa que mantinha contratos investigados, a Malga Engenharia, Argôlo fez negócios com o doleiro na compra de um helicóptero. Numa das poucas perguntas que respondeu, ele explicou à CPI que a aeronave não pode ter sido usada na campanha de deputado, em 2014, porque ela foi apreendida pela Polícia Federal.
"Não tenho nada a ver com Operação Lava Jato, com Petrobras. Não tive indicação de nenhum cargo na Bahia ou no Brasil", disse Argôlo, que segurou um terço em uma das mãos durante o depoimento.
"Agradeço a Deus que tem me dado força." O ex-parlamentar ainda citou a Bíblia ao dizer que tem sido atacado duramente: "Os humilhados um dia serão exaltados".
Questionado pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) se ele poderia informar, apesar do silêncio diante das perguntas do caso, onde ele conheceu Youssef, Argôlo afirmou que foi na casa do ex-ministro de Cidades Mário Negromonte e do ex-governador da Bahia João Leão - ambos do PP..