Em depoimento nessa segunda-feira, 11, à CPI da Petrobras em Curitiba, Youssef voltou a afirmar que Lula e a presidente Dilma Rousseff sabiam do esquema de desvios na estatal, mas disse que não teria como comprovar sua afirmação. É a segunda vez que Youssef faz um acordo de delação premiada com a Justiça. No caso Banestado ele também decidiu colaborar com as investigações sob condição de não voltar ao crime, acordo que não cumpriu. Nos termos do atual acordo de delação, firmado pela Operação Lava Jato, cujas ações são conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, Youssef negociou uma redução da multa proporcional ao montante recuperado pela investigação sobre o esquema.
Na mensagem, Lula afirma que é "inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país, legitimadas democraticamente pelo voto popular". Para o ex-presidente, é inacreditável que se "dê crédito a criminosos para apontar quem é e quem não é honesto neste País".
"É uma pena que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis, quando tais pessoas se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro", pontuou o petista. "O Brasil merece ser tratado com mais responsabilidade e seriedade.".