"Esse conjunto de alterações feitas durante o período de tramitação nas comissões, reduz em quase a metade a economia nos próximos dez anos.
Gabas foi ao Congresso para uma reunião com a bancada do PP para tratar das medidas que alteram benefícios previdenciários. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou uma das medidas, a MP 665 que altera as regras para o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso. "Eu vim fazer uma reunião com a bancada do PP a respeito da Medida Provisória 664. Foram várias modificações na relatoria que amenizaram os efeitos do ponto de vista social da MP, e eu vim esclarecer para a bancada como fica e como será votada amanhã", explicou o ministro para quem a votação do partido será favorável a aprovação.
Amanhã (13), os deputados votarão a MP 664/14 que altera as regras para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença. Entre as mudanças promovidas na comissão mista do Congresso, que analisou a medida, e apresentadas no parecer do relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), está a redução de 24 meses para 18 meses o prazo mínimo de contribuição para que o cônjuge ou companheiro tenha direito à pensão por morte e à exigência de um tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para a concessão do benefício.
"Nós queríamos que o ajuste fosse aprovado da maneira como ele veio .
Segundo o ministro a cota familiar deve ser debatida em uma discussão futura no âmbito do fórum para tratar de questões previdenciárias e trabalhistas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff no Dia do Trabalho. De acordo com Gabas, o Fórum de Debates sobre Políticas de Trabalho, Renda, Emprego e Previdência será formado por representantes do governo, trabalhadores e empresários. Ele deverá debater temas, por exemplo, o fim do fator previdenciário e o período mínimo de contribuição. O fórum terá 180 dias para apresentar o resultado dos trabalhos.
Gabas negou ainda que o governo vá incluir na MP 664, a mudança no fator previdenciário. "Não temos interesse de debater o fator previdenciário", disse. O ministro negou ainda que as medidas retiram direitos dos trabalhadores. "Nós não retiramos nenhum direito quando foram enviadas às medidas.Todos os benefícios foram mantidos. O que nós fizemos foi racionalizar o acesso aos direitos porque haviam distorções enormes no aceso a esses direitos”..