Conselheiros reclamaram da "demora" da Petrobras em ajuizar ações contra envolvidos no caso. Questionado por um deles se a companhia acionaria o PT pelo suposto recebimento, a título de propina, de um porcentual sobre o valor de contratos firmados pela estatal - o que teria ocorrido entre 2004 e 2012, segundo delatores da Lava-Jato - um dos representantes do Jurídico da petroleira, identificado na gravação como Carlos Rafael, reagiu: "Hoje, a gente não tem prova contra o partido".
O advogado argumentou que a Petrobras buscava evidências mais robustas dos delitos praticados para tomar providências na Justiça. Segundo ele, a Advocacia-Geral da União (AGU) orientou a estatal a aguardar pareceres da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão de controle do governo, sobre o caso. O mais provável, explicou, é que a companhia optasse por ser coautora de ações de improbidade administrativa ajuizadas pelo Ministério Público Federal.
"Os processos (provocados pelo MPF) que a gente tem hoje são em relação às empreiteiras e aos agentes públicos", alegou o advogado, sob o protesto de alguns conselheiros. "O MPF tem a agenda dele. Tem os atos em que está focando.
A Petrobras remeteu à CPI na Câmara dos Deputados gravações de 12 reuniões do Conselho de Administração, as únicas que alega ter preservado. A ata do encontro de 26 de março não consta do material. .