Em NY, Alckmin critica ajuste fiscal de Dilma durante encontro com investidores

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, em Nova York, que 90% do ajuste fiscal do governo de Dilma Rousseff é só sacrifício da população, com aumento de imposto e corte de benefícios.
"A parte do governo é muito tímida, quase não existente", disse a jornalistas após fazer uma apresentação a investidores em evento com lotação esgotada.

Alckmin afirmou que o ajuste fiscal é uma pré-condição, mas não gera emprego e nem desenvolvimento. "O que gera desenvolvimento e emprego é confiança, é competitividade, é produtividade, esse é o esforço que deve ser feito", afirmou. "Se nós não fizermos essas reformas macro, o crescimento do Brasil vai ser menor."

O governador afirmou ainda aos jornalistas que o Brasil precisa de reformas estruturais. "Eu destacaria a reforma tributária, para simplificar o modelo, a reforma política. Não é possível nós estarmos com mais de 30 partidos políticos e 26 na lista de espera, podemos chegar a 60 partidos políticos no Brasil, isso é inimaginável", disse. O governador destacou que o PSDB é um só, "é oposição". "É tão patriótico ser governo como oposição."

Crise

Em sua apresentação para 374 investidores, empresários e analistas, Alckmin afirmou que tinha uma mensagem de esperança e ressaltou que a crise brasileira é momentânea.
"Política é esperança e não tenho dúvida que vamos superar essa crise que o País atravessa.".