O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, por 277 votos a 178, o relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) para a Medida Provisória 664/14, que muda as regras de pensão por morte, impondo carências e tempo de recebimento conforme a faixa de idade do beneficiário. A sessão foi bastante tumultuada e durante o conflito nas galerias alguns sindicalistas mostraram as nádegas em forma de protesto.
Os deputados começam em seguida a fase de votação dos destaques apresentados ao texto, propondo acréscimos ou retiradas de trechos da redação do texto-base aprovado.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que a sessão para votar a medida provisória vai até as 23 horas. A MP deve ser o único item a ser analisado hoje.
Mais uma vez PMDB, PT, PRB, PSD, PR, PCdoB e PROS votaram com o governo. O PDT se somou ao bloco oposicionista e votou contra a MP. Contrariando mais uma vez a recomendação de seu partido, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse que votou sim porque "o PT destruiu o Brasil". Na semana passada, o parlamentar também votou à favor da MP 665. "Não quero que as pessoas continuam perdendo o emprego, sem poder pagar a conta de luz", justificou no microfone.
Manifestantes
A sessão do Plenário foi retomada, após ter sido interrompida por causa de tumulto durante protesto contra a MP.
Na semana passada, manifestantes também tiveram de ser retirados depois de reiterados pedidos para as galerias pararem com os gritos e vaias durante as votações da medida provisória que altera as regras do seguro-desemprego (MP 665/14). (Com Agência Câmara e Estado).