Brasília, 14 - O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), de acordo com fontes que acompanham a investigação. O pedido foi feito pela Polícia Federal no último dia 7.
Na tarde desta quinta-feira, 14, Zavascki atendeu à solicitação e liberou o acesso às movimentações bancárias do ex-parlamentar referentes ao período de janeiro de 2009 a janeiro de 2012. O procedimento tramita em segredo de Justiça no STF.
No inquérito que investiga Pizzolatti perante o STF por suposta participação no esquema da Lava Jato, a Procuradoria-Geral da República relata que o doleiro Alberto Youssef afirmou que o ex-deputado compunha um grupo de parlamentares do PP que atuava na "operacionalização do esquema de corrupção" de forma "estável e perene". A defesa do parlamentar vê o pedido de quebra de sigilo com "naturalidade".
Zavascki também despachou nesta tarde na decisão da Procuradoria-Geral da República que pede quebra de sigilo bancário e fiscal no inquérito que investiga o senador Fernando Collor (PTB-AL). Ainda não se sabe o teor da decisão, que está em sigilo.
A PF também encaminhou ao STF solicitações para acompanhar movimentação bancária e fiscal no inquérito que apura suposta participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) no esquema deflagrado pela operação Lava Jato.
Ainda não há decisão nesta ação. Nesta tarde, a defesa de Renan protocolou manifestação no STF na qual disponibiliza para o Supremo as movimentações bancárias e dados fiscais do senador, espontaneamente.