“Estamos discutindo internamente a revisão do orçamento. Qualquer tipo de reajuste e nada que é novo está sendo autorizado. Também estamos segurando novas contratações. Não temos possibilidade de fazer qualquer incremento nas despesas”, afirma o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Informação, Thiago Grego, sem antecipar possíveis cortes.
O balanço orçamentário será entregue à Câmara Municipal, mas o secretário já avalia o cenário.
Mas o resultado positivo não é tão animador. “Esse é um ponto problemático. A receita tem que crescer acima da inflação”, afirma o secretário. Enquanto isso, as despesas só aumentam. No primeiro quadrimestre de 2014, elas somaram R$ 2,89 milhões, 14% a menos em relação ao mesmo período deste ano.
Outros dados também acendem o alerta. A arrecadação de impostos, que alcançou R$ 2,4 bilhões, caiu 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. “Isso é preocupante, porque no primeiro quadrimestre é quando há a maior receita do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)”, diz.
A receita do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), que chegou a R$ 273 milhões, é o principal termômetro para medir a crise. “A arrecadação do ICMS está 4% menor. Se for considerar a inflação, é 12% a menos. A previsão inicial era de que fosse arrecadado R$ 1 bilhão até o fim do ano e, até agora, só alcançamos R$ 273 milhões”, afirma o secretário.
Esta não será a primeira revisão orçamentária pela qual a prefeitura passará este ano. Em janeiro, com a economia já em desaceleração, o prefeito Marcio Lacerda publicou decreto cortando as despesas em 4%.