O setor público tem neste ano uma meta fiscal de R$ 66,3 bilhões, que é a economia que deve ser feita para pagamento de juros da dívida. Para cumprir essa meta, o Ministério da Fazenda defende um controle maior dos gastos neste ano. Os ministérios já fizeram um levantamento prévio dos projetos e áreas que poderão ser objeto de corte orçamentário, mas o número proposto pela Fazenda é muito mais "forte", segundo contou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, uma fonte do governo. Se a Fazenda sair vitoriosa nesse embate, o temor é de que muitos projetos em andamento sejam paralisados.
No sábado, 16, em visita a Florianópolis, o ministro Levy admitiu que as mudanças feitas pela Câmara nas medidas de ajuste fiscal, que acabaram reduzindo a economia projetada pela equipe econômica, pode fazer com o que o governo realize um contingenciamento maior do que o inicialmente previsto. "Isso pode nos levar a ter que reduzir as despesas ainda mais", disse em entrevista na passagem por Santa Catarina.
A reunião deste domingo, no Palácio da Alvorada, não tem hora para acabar, segundo disse o próprio ministro Levy. Ainda em Florianópolis, ele voltou a dizer que o principal objetivo é levar as despesas discricionárias para o nível de 2013. "(O ano de) 2014 foi um pouco além do que podemos sustentar", disse ontem.