O coordenador da Empresa Mineira de Assistência Técnica e Rural de Minas Gerais (Emater) no Norte de Minas, Ricardo Demicheli, conta que em toda a região houve venda de gado bem acima dos números registrados . De acordo com ele, com quase quatro anos seguidos de seca, as pastagens da região não suportavam mais a quantidade de gado. O rebanho foi reduzido de cerca de 3,3 milhões de cabeças para cerca de 2,4 milhões. As pastagens, que já chegaram a ocupar 4 milhões de hectares, hoje não chegam a 2 milhões.
O Norte também enfrenta um queda significativa da área plantada, que encolheu de 220 mil hectares para 180 mil. “Todas as barragens estão com os níveis de água baixíssimos e a expectativa é de que faltará água potável na sede de grande parte dos municípios, algo que nunca aconteceu antes”, afirma. Até os programas de combate à miséria e a desnutrição no semiárido estão sendo afetados pela seca, conta o gerente da Emater. O programa Leite pela vida do governo federal que já chegou a distribuir 200 mil litros de leite por dia para a população carente hoje não consegue entregar 50 mil litros. A seca, segundo Demicheli, afetou demais a produção leiteira.
A situação vivida pelo pequeno agricultor João Barbosa de Souza, de 66 anos, casado e pai de dois filhos, morador da localidade de Várzea das Pedras, no município de Pai Pedro, é o retrato da penúria causada pela seca. Ele conta que nunca enfrentou uma a estiagem tão rigorosa como a de agora. “É a pior que já vi na vida”, diz João Barbosa, lamentando que de meados do ano para cá, perdeu cinco cabeças de gado, por falta de pasto. Ele contabiliza as perdas das lavouras de milho, sorgo e feijão. Além disso, encara a angústia da falta d’água. “Se chovesse mais, a gente poderia produzir mais alimentos e viver melhor. Mas, do jeito que está, as coisas só estão piorando. Só Deus para ter dó da gente”, clama o sofrido produtor. Alem da ajuda divina, também reivindica uma ação governamental para aliviar o infortúnio: a abertura de um poço tubular na localidade onde mora.
O superintendente técnico e operacional da Defesa Civil Estadual, major Roberto Turbino Campolina, afirma que a situação pode ser agravar em função do início antecipado do período de estiagem e da falta de chuvas. Para os prefeitos, essa escassez de chuvas já dura quatro anos. “Com o inicio do período da seca, com certeza aumentará a quantidade de municípios com decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública”, afirmou.
Segundo Campolina a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) está ajudando os municípios com a burocracia necessária para a captação de recursos. Além disso, de acordo com ele, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sednor) está construindo pequenas barragens para captação de água pluvial e também instalando cisternas e fornecendo água por meio de caminhões-pipa, e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru) está perfurando poços artesianos. O secretário da Sednor, Paulo Guedes, não foi localizado pela reportagem para comentar a situação dos municípios. (Colaborou Luiz Ribeiro)
O Norte também enfrenta um queda significativa da área plantada, que encolheu de 220 mil hectares para 180 mil. “Todas as barragens estão com os níveis de água baixíssimos e a expectativa é de que faltará água potável na sede de grande parte dos municípios, algo que nunca aconteceu antes”, afirma. Até os programas de combate à miséria e a desnutrição no semiárido estão sendo afetados pela seca, conta o gerente da Emater. O programa Leite pela vida do governo federal que já chegou a distribuir 200 mil litros de leite por dia para a população carente hoje não consegue entregar 50 mil litros. A seca, segundo Demicheli, afetou demais a produção leiteira.
A situação vivida pelo pequeno agricultor João Barbosa de Souza, de 66 anos, casado e pai de dois filhos, morador da localidade de Várzea das Pedras, no município de Pai Pedro, é o retrato da penúria causada pela seca. Ele conta que nunca enfrentou uma a estiagem tão rigorosa como a de agora. “É a pior que já vi na vida”, diz João Barbosa, lamentando que de meados do ano para cá, perdeu cinco cabeças de gado, por falta de pasto. Ele contabiliza as perdas das lavouras de milho, sorgo e feijão. Além disso, encara a angústia da falta d’água. “Se chovesse mais, a gente poderia produzir mais alimentos e viver melhor. Mas, do jeito que está, as coisas só estão piorando. Só Deus para ter dó da gente”, clama o sofrido produtor. Alem da ajuda divina, também reivindica uma ação governamental para aliviar o infortúnio: a abertura de um poço tubular na localidade onde mora.
O superintendente técnico e operacional da Defesa Civil Estadual, major Roberto Turbino Campolina, afirma que a situação pode ser agravar em função do início antecipado do período de estiagem e da falta de chuvas. Para os prefeitos, essa escassez de chuvas já dura quatro anos. “Com o inicio do período da seca, com certeza aumentará a quantidade de municípios com decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública”, afirmou.
Segundo Campolina a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) está ajudando os municípios com a burocracia necessária para a captação de recursos. Além disso, de acordo com ele, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sednor) está construindo pequenas barragens para captação de água pluvial e também instalando cisternas e fornecendo água por meio de caminhões-pipa, e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru) está perfurando poços artesianos. O secretário da Sednor, Paulo Guedes, não foi localizado pela reportagem para comentar a situação dos municípios. (Colaborou Luiz Ribeiro)