Para cortar despesas, a solenidade da maior homenagem concedida pela Câmara de Belo Horizonte vai voltar para a Casa Legislativa. Há quatro anos promovida em espaços alugados, a cerimônia de entrega do Grande Colar do Mérito Legislativo Municipal retorna este ano ao lugar de origem: a sede do parlamento da capital. Segundo o presidente da Casa, vereador Wellington Magalhães (PTN), a economia será de R$ 267 mil reais.
A mudança, aprovada da última semana pelos vereadores, era um dos compromissos de campanha da atual Mesa Diretora. No ano passado, o Minascentro foi palco da cerimônia, que custou R$ 282 mil aos cofres públicos. A locação do espaço consumiu R$ 28,7 mil e só com decoração, mobiliário e tapetes foram gastos R$ 84,6 mil. A solenidade deste ano, marcada para 20 de novembro, está orçada em R$ 15mil, quase19 vezes menos que a anterior.
“O errado foi tirar a cerimônia da Câmara. A questão é gastar o dinheiro no lugar certo”, afirma Magalhães, empossado presidente em janeiro. As alterações também diminuíram o número de homenageados.
A redução no número de agraciados visa dar mais destaque à comenda. “Isso torna o Grande Colar mais valorizado”, afirma o chefe de gabinete da Presidência, Raimundo Machado Filho, que explica a importância da cerimônia. “É um estímulo e um reconhecimento às pessoas que representam a cidade nas mais diversas áreas, como cultura, educação, saúde”, reforça. Outra alteração foi a transferência do dia da solenidade, da segunda-feira para sexta-feira, para, entre outros motivos, facilitar o comparecimento de personalidades políticas.
O aluguel de espaços para a cerimônia de entrega do Grande Colar ocorreu entre 2011 e 2014, período no qual o vereador Léo Burguês de Castro (PTdoB) era presidente da Câmara. Segundo Burguês, a iniciativa foi tomada para valorizar o evento, a exemplo do que ocorre com a entrega de medalhas por outros órgãos públicos. “O plenário da Câmara não comporta o número de homenageados e convidados. No último evento, havia 2 mil pessoas”, afirma. Ele completa ainda que os agraciados eram definidos pela Mesa Diretora e por conselho.
VERBA INDENIZATÓRIA Na semana que vem, o presidente da Câmara e a Mesa Diretora vão bater o martelo sobre as licitações que substituirão o modelo da verba indenizatória – R$15 mil oferecidos para cada vereador bancar despesas do mandato. A mudança também visa economizar gastos. Na lista de itens que estão prestes a serem cortados estão gastos com estacionamento, que somaram R$ 22,9 mil no ano passado, lanche e refeição, que corresponderam a gastos de R$ 236,1 mil em 2014, além de gabinetes parlamentares fora da Câmara, que, no ano passado, consumiram R$ 183,5 mil..