"Jonathan Taylor tem demonstrado interesse muito grande em contribuir com a CPI. Ele teria passado, como de fato passou, documentos que não teriam sido levados em conta nas investigações da CGU", disse o vice-presidente da CPI, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). Parlamentares querem entender por que a CGU, mesmo de posse dos documentos sobre a SBM e a Petrobras, teria atrasado a investigação do caso e só abriu processo após o fim da corrida presidencial, em novembro do ano passado.
O sub-relator da CPI, deputado André Moura (PSC-SE) destaca ainda que há a suspeita de que nem todos os documentos relativos à denúncia teriam sido usados pela CGU. Isso também será questionado pelos deputados. "Nem tudo o que ele encaminhou teria sido disponibilizado. E aquilo que foi encaminhado por ele à CGU a gente sabe que talvez tenha sido colocado à disposição somente após o período da eleição. Então, tudo isso levanta suspeita", disse o deputado de Sergipe.
Segundo Antonio Imbassahy, o britânico Jonathan David Taylor demonstrou interesse em colaborar com a CPI, mas não desejava prestar esse depoimento no Brasil "por questões de segurança". Por isso, o grupo de parlamentares viajou até Londres e deverá colher o depoimento amanhã em um hotel nos arredores de Londres.
Os deputados lembraram que o Taylor não é acusado de nada e será ouvido como colaborador da investigação. "Por isso, não queremos constrangê-lo", disse o vice-presidente da CPI. Deputados foram recebidos nesta segunda-feira em um almoço na residência oficial do Embaixador do Brasil em Londres, Roberto Jaguaribe..