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Estado de Minas

Manoel Dias: mais do que uma crise econômica, vivemos uma crise política

O ministro do Trabalho falou para uma plateia de pouco mais de 220 empresários e executivos em almoço promovido em São Paulo


postado em 18/05/2015 14:19 / atualizado em 18/05/2015 15:03

(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil )
(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil )

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que o Brasil convive, atualmente, com um discurso muito negativista. Mas, na avaliação de Dias, o País vive mais uma crise política do que uma crise econômica.

O ministro afirma que é importante lembrar que o Brasil  evoluiu muito e bem nos últimos 12 anos. Argumentou que o salário mínimo é o mais alto da história, que o índice de desemprego chegou ao menor patamar já visto no Brasil e que, proporcionalmente, o País teve a maior inclusão social do mundo através do trabalho nesse período.

Dias também afirmou que o Ministério do Trabalho e Emprego continuará com os investimentos, que voltarão a ser anunciados a partir de junho. Nesse contexto, citou reuniões que teve com empregadores de diferentes setores, inclusive o automotivo.

Dias falou para uma plateia de pouco mais de 220 empresários e executivos em almoço promovido em São Paulo pela empresa Lide Grupo de Líderes Empresariais.

Ele defendeu uma discussão séria e profunda sobre o projeto de lei que regulamenta a terceirização do trabalho, agora em tramitação no Senado Federal. Dias argumentou que há uma série de conceitos que ainda seguem indefinidos. Referiu-se, especialmente, à polêmica sobre a definição de atividade fim e de atividade meio. "Eu mesmo não sei perfeitamente o que é atividade fim e o que é atividade meio", afirmou. A possibilidade de terceirizar qualquer atividade é combatida por sindicalistas, políticos e outras organizações.

Sobre a mudança no seguro-desemprego proposta pela presidente Dilma Rousseff em medida provisória e parcialmente aprovada no Congresso, Dias argumentou que o maior prazo para o trabalhador ter acesso ao seguro é benéfico para o empregado e para o empregador. "Vai ser uma forma de fidelizar mais o trabalhador. Antes, quando ele estava aprendendo a operar uma máquina, ele saía", afirmou o ministro.


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