Entre as medidas em análise, Temer deu destaque ao projeto que revê a política de desoneração da folha, que deve ser votado na Câmara nesta quarta-feira, 20. A articulação política do governo, comandada por Temer, tenta evitar o afrouxamento do texto, que aumenta as alíquotas de empresas que recolhem com base na desoneração da folha. A preocupação é que o relatório do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), ainda não é conhecido e o deputado já declarou que quer adiar a eficácia do texto para o ano que vem. "Especialmente (a votação do projeto) das desonerações, é importante para saber exatamente o tamanho do corte", declarou Temer.
A avaliação da equipe econômica é que as emendas incluídas pelos deputados nas medidas provisórias que enderecem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários reduziram a economia inicialmente projetada, o que gerou a necessidade de um bloqueio ainda mais severo no Orçamento. O corte discutido hoje varia de R$ 65 bilhões a R$ 78 bilhões e a prioridade do Planalto nesta semana será tentar evitar que o projeto de lei das desonerações seja desconfigurado..