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Estado de Minas

Líderes governistas estabelecem estratégia para aprovar arrocho fiscal

Lideranças da base governista vão se encontrar com o vice-presidente da República, Michel Temer, para discutir detalhes da votação do chamado pelo governo ajuste fiscal


postado em 19/05/2015 10:12 / atualizado em 19/05/2015 10:21

Vice-presidente Michel Temer é o articulador político no Congresso(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Vice-presidente Michel Temer é o articulador político no Congresso (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Os líderes da base governista no Congresso vão se reunir com o vice-presidente da República, Michel Temer, na próxima quinta-feira (21), para discutir detalhes sobre a votação das medidas provisórias que tratam do ajuste fiscal, em especial a MP 664.

Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a reunião irá definir, entre outras medidas, qual será a abordagem sobre a emenda incluída pela Câmara no texto e que estabelece uma nova fórmula de cálculo para o fator previdenciário. “Isso vai ser parte da estratégia que nós vamos discutir na quinta-feira”, disse hoje o líder petista.

A votação da MP preocupa em razão do prazo apertado. Ela perderá a validade por decurso de prazo se não for aprovada em definitivo pelo Congresso até o dia 1º de junho. Com a leitura prevista em plenário para amanhã e a reunião na próxima quinta, o mais provável é que a MP seja votada na terça-feira da próxima semana (26).

Se os senadores modificarem o texto aprovado pelos deputados e rejeitarem a emenda deles sobre o fator previdenciário, o texto voltará para última análise da Câmara e corre o risco de não ser votado até o dia 1º. Assim, o mais provável é que o governo aposte no veto da presidenta Dilma Rousseff ao artigo que trata desse assunto e envie novo projeto ao Congresso para propor outra fórmula de cálculo.

A presidenta pode ainda manter a proposta aprovada pelo Congresso e negociar um prazo para que a vigência do novo cálculo seja apenas no próximo ano, de modo a não influenciar negativamente o ajuste fiscal do governo em 2015.

Em reunião com a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda feira (18), o líder do governo no Congresso disse que já começou a tratar da questão do fator previdenciário. “Conversamos sobre fator previdenciário. A preocupação é com os efeitos futuros sobre a previdência pública brasileira. O fator previdenciário, se a gente analisar sob o aspecto imediato, [não vai gerar] impacto tão forte. Mas, para um país que está envelhecendo muito, e a previsão é que nós devemos ter - por volta de 2050 - 30% da população acima dos 60 anos de idade, então precisa ter uma preocupação grande”, disse.

Nesta semana os senadores deverão ainda votar a MP 665, que também faz parte do ajuste fiscal. Tanto a 664, quando a 665, modificam as regras para que os trabalhadores tenham acesso a benefícios como seguro-desemprego, seguro defeso, abono salarial e pensão por morte. As centrais sindicais são contra as duas propostas e prometem comparecer ao Senado durante as votações para pressionar os senadores a serem contrários a elas.

Com Agência Brasil


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