"Considerando que os procedimentos, judicializados ou não, oriundos da citada Operação Zelotes já estão em fase avançada de apuração e investigação dos fatos criminosos, será fundamental para o início e o desenvolvimento dos trabalhos desta CPI do Carf o compartilhamento de informações e documentos existentes tanto no âmbito da Polícia Federal quanto no âmbito do Ministério Público Federal", justificou Ataídes Oliveira, em dois dos requerimentos.
A comissão também aprovou pedido de convocação, feito pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), para ouvir as seguintes autoridades: o procurador-chefe da Fazenda Nacional na Coordenação do Contencioso Administrativo Tributário da PGFN, Paulo Riscado; o coordenador da Força Tarefa da Zelotes, procurador Frederico Paiva; o delegado da PF na operação Oslaim Santana; o presidente do Carf, Carlos Barreto, a vice-presidente do órgão, Maria Tereza Martinez Lopes e o conselheiro da conselho Paulo Roberto Cortez; e ainda o advogado Leonardo Manzam.
Vanessa Grazziotin, relatora da CPI, afirmou que a principal tarefa da comissão no momento é ter acesso ao máximo de informações para traçar um plano de trabalho. Ela lembrou ter havido reclamações por parte de autoridades sobre um suposto prejuízo às investigações.
Na semana passada, o procurador Frederico Paiva reclamou, em audiência pública na Câmara, do fato de a Justiça ter recusado 26 pedidos de prisão preventiva e quebras de sigilos telefônicos solicitados à 10ª Vara Federal. A recusa teria sido, segundo ele, executada pelo juiz Ricardo Leite. "Isso atrapalhou a investigação e não vamos conseguir avançar 10% do que foi praticado no Carf", lamentou ele, na ocasião..