Renan Calheiros evita falar em derrota com aprovação de Fachin para o STF

Brasília, 19 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), evitou comentar, na noite desta terça-feira, 19, se considerou como uma derrota sua e uma vitória da presidente Dilma Rousseff a aprovação do jurista Luiz Edson Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na saída do plenário da Casa, sem a presença habitual dos aliados, Renan disse que não gostaria de tratar "desse assunto" por ter procurado "em todos momentos garantir a isenção do presidente do Congresso Nacional.

"As pessoas imaginam que não é preciso fazer sabatina, apreciar. É, sim. Senão não existiria sabatina e apreciação. Mas o presidente do Congresso Nacional tem de demonstrar equilíbrio, isenção, neutralidade. Senão, ao invés de colaborar com o fortalecimento do papel do Legislativo, com a independência do Legislativo, ele enfraquece", disse. Questionado sobre se é verdade que trabalhou contra o indicado de Dilma, o presidente do Senado mirou os repórteres que o cercavam e ficou em silêncio por alguns segundos.

Embaixador

Quanto à rejeição do nome de Guilherme Patriota para ocupar o cargo de representante diplomático do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), Renan Calheiros disse que também não cabe a ele fazer a avaliação se foi uma "derrota" para o governo. "Você tem de conduzir com isenção e foi o que aconteceu.
O Senado não aprovou, é importante respeitar a decisão do Senado com relação à não-aprovação", afirmou. Guilherme Patriota é irmão do ex-chanceler do governo Dilma Antonio Patriota..