A cadeira que será ocupada por Fachin está vaga desde agosto de 2014, quando o ex-ministro Joaquim Barbosa se aposentou. A presidente Dilma Rousseff levou nove meses para escolher o novo ministro, que será provavelmente sua última indicação para o STF, após a aprovação da PEC da Bengala, que elevou a idade máxima para os ministros de 70 para 75 anos.
Ao comentar a aprovação do professor, os ministros lembraram a dificuldade para que seu nome fosse aprovado. A votação no Plenário do Senado aconteceu mais de um mês depois de a presidente ter anunciado o nome de Fachin. A sabatina do indicado ao STF na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) chegou a ser adiada por duas vezes.
A aprovação de Fachin se deu em um cenário apertado, em que havia um temor de que ele fosse rejeitado pelos senadores como retaliação à presidente Dilma Rousseff. "Está em Camões: 'As coisas árduas e lustrosas se alcançam com trabalho e com fadiga'.
O ministro Marco Aurélio Mello também se manifestou sobre a dificuldade do processo de escolha e de aprovação de Fachin, dizendo que "faz parte do processo de escolha, e será mais uma força", disse. "O Supremo é somatório de forças distintas. Jamais eu vi uma quase que orquestração, visando minar a caminhada dele, mas ele se saiu muito bem e agora foi aprovado por maioria absoluta dos senadores", declarou Mello, acrescentando ainda que Fachin "é um pensador do direito, um acadêmico reconhecido no Brasil e no exterior. É um grande quadro, não tenho a menor dúvida".
A aprovação de Fachin foi comentada também pelo ministro Teori Zavascki. "Foi uma aprovação merecida. Luiz Edson Fachin é um jurista à altura do Tribunal e vai qualificar ainda mais a Suprema Corte de nosso País", disse o ministro..