Brasília - O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), cedeu aos apelos da família do ex-deputado José Janene (PP-PR) e anunciou nesta quinta-feira que não vai mais apresentar agora o requerimento para exumar o corpo do ex-parlamentar, cuja morte foi oficialmente registrada em 2010. Motta só apresentará a solicitação para votação no colegiado depois de apreciar documentos que os familiares de Janene se comprometeram a entregar.
Na sessão de terça-feira, quando o deputado Julio Delgado (PSB-MG) disse que documentação do Incor (Instituto do Coração de São Paulo), onde Janene estava internado, poderia atestar a morte do ex-deputado, Motta afirmou que "o que vai dizer se ele está vivo ou morto é a exumação, não é um papel. Papel em branco aceita tudo".
Inicialmente, Hugo Motta anunciou a exumação como certa, informando inclusive que iria formar uma comissão parlamentar para acompanhar o trabalho dos legistas. Ao ser criticado por parlamentares, decidiu que colocaria o requerimento em votação. Após conversar por telefone com o advogado da família, decidiu que apresentaria o requerimento, mas só o colocaria em votação após ouvir a viúva de Janene, Stael Fernanda. A solicitação para ouvi-la ainda não foi votada.