Segundo Melo, chamou a atenção positivamente o fato de o governo federal ter revisado para baixo a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Pelos parâmetros do decreto de contingenciamento, a expectativa passou de uma queda de 0,9% para um recuo de 1,2%, em linha com a expectativa de analistas econômicos ouvidos para a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada na última segunda-feira, 18. "As hipóteses para o desempenho da economia reveladas pelo governo durante o anúncio (do contingenciamento) são razoáveis de forma geral. A previsão que se refere ao crescimento é mais realista (do que a anterior), mas na prática o resultado da economia brasileira pode ser ainda pior em 2015", afirmou.
Dada a perspectiva de atividade econômica em ritmo baixo ao longo do ano, Melo acredita que a previsão de arrecadação do governo federal ainda está superestimada. "Me parece que a receita líquida ainda pode ficar aquém do que estão projetando. Eu diria que existe a grande chance de que fique aquém", disse. Nesse sentido, Melo não descarta a possibilidade de que o governo tenha de, mais adiante, anunciar um decreto de contingenciamento adicional com o objetivo de cumprir a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões (1,13% do PIB) para o setor público consolidado.
"Eles estão tirando 0,5 ponto porcentual do volume de despesas discricionárias, na comparação com o que foi feito em 2014.