"O corte orçamentário prevê atrasar ou não executar, por falta de receita suficiente, parte da programação prevista na Lei Orçamentária de 2015, o que prejudicará as atividades da Polícia Federal, inclusive de investigações e operações policiais", diz o comunicado da Associação Nacional dos Delegados da PF. "Não é razoável que o peso de eventuais cortes no orçamento público recaia de forma desigual e injusta sobre algumas carreiras e órgãos do Poder Executivo."
Para os delegados, o corte de R$ 70 bilhões no orçamento de 2015 pode afetar a verba da PF e, consequentemente, investigações e operações especiais.
Os delegados veem como 'tímida' a postura do Ministério da Justiça, da Direção-Geral e dos Superintendentes Regionais da PF "em defesa de melhores condições de trabalho". Segundo o comunicado, os delegados entregaram documentos aos superintendentes regionais de cada Estado e à Direção-Geral da Polícia Federal cobrando a defesa pública da instituição, sobretudo, contra os cortes no orçamento 2015.
A categoria argumenta que espera do Ministério da Justiça e da Direção-Geral da Polícia Federal a mesma postura institucional verificada no Supremo Tribunal Federal e na Advocacia Geral da União. Os delegados consideram positivas as atuações do STF e da AGU quando promovem junto ao governo federal a defesa das reivindicações de interesse de seus órgãos e servidores públicos.
Para os delegados federais "investir na Polícia Federal é ajudar o País no equilíbrio das contas, pois é investir no combate ao desvio de recursos públicos". A Associação dos Delegados de PF informou que consultará os associados por intermédio de assembleias nos Estados e vai deliberar sobre a mobilização da categoria no próximo dia 28..