A chegada desordenada de haitianos, criou tensão entre os governos federal e do Acre, assim como do Acre com São Paulo, para onde os imigrantes estavam sendo transferidos. Desde 2010 o governo petista acriano cobrava ações do Planalto, que somente agora, depois da reunião do Planalto da última quinta-feira, começou a ser desenhada. O estado afirma que, agora, espera que as medidas discutidas sejam efetivamente colocadas em prática. Caso, mais uma vez elas não se concretizem até o final do mês que vem, o governador do Acre, Tião Viana, avisou que vai restringir o abrigo concedido a haitianos para mães e crianças, não atendendo mais os homens, que deixariam de ter direito de serem acolhidos.
O governo do Acre voltou a fazer pressão em Brasília por conta dos números considerados assustadores de entrada no País, pelo Estado, nos últimos dias.
Nesta reunião de quinta-feira, uma série de medidas foi traçada para tentar reduzir a exploração destes migrantes pelos coiotes que, embora em sua maioria seja de haitianos, também envolve pessoas de outros países, principalmente africanos.
Para tentar coibir a entrada ilegal de haitianos no Brasil, a embaixada brasileira em Porto Príncipe, capital do Haiti, vai desenvolver uma campanha explicativa, informando aos cidadãos daquele país que eles podem obter vistos, sem se submeter a ação dos coiotes. O governo brasileiro subirá de 600 para dois mil o número de vistos mensais para haitianos interessados em viver no Brasil. Em 2010, eram emitidos cerca de 100 vistos por mês. Na campanha, o governo brasileiro vai dizer aos haitianos, que eles podem vir por meios legais, sem ter de se arriscar ou pagar valores exorbitantes aos coiotes.
O Gabinete de Segurança Institucional, a quem a Abin é ligada, não respondeu à reportagem sobre o relatório divulgado na reunião de quinta-feira..