Na semana passada, o plenário da Câmara aprovou um "artigo jabuti" (artigo alheio ao objeto da matéria analisada) na Medida Provisória 668, que permite a realização de parcerias público-privadas (PPP) pelo Legislativo e irá permitir a construção do novo prédio no valor de R$ 1 bilhão. A obra ganhou a alcunha de "shopping" por prever a instalação de lojas e escritórios de empresas privadas no mesmo ambiente do Legislativo.
A construção de um novo anexo foi promessa de campanha do presidente da Câmara, eleito para a função no dia 1º de fevereiro. "A minha promessa de campanha foi de fazer o anexo 5 e isso faremos de qualquer forma, com ou sem a concessão", escreveu Cunha no Twitter. O peemedebista culpa "os que têm ressentimento" do processo de eleição da Câmara por tentarem "desqualificar a possibilidade de fazer obra sem dinheiro público".
O PT, o PSDB, o PPS e o PCdoB orientaram as bancadas a votar contra a autorização para a licitação privada do novo anexo da Câmara.
Na rede social neste domingo, 24, Cunha afirmou que a Câmara tem "necessidade" de realizar obras no Anexo 4 e também necessidade de "abrir áreas para os trabalhos legislativos" em razão da falta de plenários para o trabalho das comissões. O objetivo, segundo o presidente da Câmara, é reformar o prédio do anexo 4, construir uma nova ala para transferir gabinetes do prédio do anexo 3 e criar áreas comuns..