Os dois tucanos chegaram a um acordo que prevê a recondução de Aécio para mais um mandato como presidente da sigla, que vai até 2017. Mas, em contrapartida, os aliados do governador pedem que nomes da estrita confiança de Alckmin ocupem cargos estratégicos na hierarquia do partido, como a secretária-geral, vice-presidência e tesouraria. Os "alckmistas" avaliam que seria um desgaste desnecessário e precipitado enfrentar Aécio agora e pleitear a presidência do partido.
Em 2017, porém, aliados dos dois caciques tucanos avaliam que esse embate será inevitável. Pensando nisso, o grupo paulista do PSDB quer equilibrar melhor o poder interno. "São Paulo precisa ter uma participação no diretório condizente com a votação que PSDB, e o próprio Aécio, receberam no Estado", diz Felipe Sigollo, integrante da executiva paulista do partido e do diretório nacional. Os nomes apresentados para integrar a cúpula executiva são o deputado Silvio Torres e o secretário de Logística e Transporte, Duarte Nogueira, presidente do partido em São Paulo.
Quando começou a montar sua estratégia para disputar o Palácio do Planalto em 2014, Aécio Neves se aproximou dos tucanos paulistas e alcançou a hegemonia no partido. Em nome da unidade partidária em torno da eleição presidencial, Alckmin não se opôs ao movimento de Aécio.
Como presidente reeleito do PSDB, Aécio será o responsável por fazer a montagem dos palanques municipais das capitais no ano que vem.
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