"É realmente decisiva (a semana).
Na semana passada, o Planalto foi surpreendido com a atitude do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que subscreveu um manifesto elaborado por um grupo suprapartidário contra as medidas do ajuste e atacou a política econômica do ministro Joaquim Levy.
Com o diagnóstico de que uma medida provisória vital para o ajuste fiscal poderia ser rejeitada, os aliados do Palácio do Planalto manobraram para adiar a votação, jogando a análise da proposta para a última semana de validade da MP.
"Dá tempo de conversar, de dialogar com o PT, acho que é possível ainda trazer os votos. Acho que teremos votos necessários e suficientes para a aprovação", comentou Temer, minimizando a repercussão do posicionamento de Lindbergh dentro do Planalto.
Camisa
Questionado se o PT do Senado ia vestir a camisa do ajuste fiscal, o vice-presidente respondeu: "Está vestindo, são apenas dois companheiros (além de Lindbergh, o senador petista Paulo Paim assinou o manifesto) que estão com dúvida em relação a isso, mas acho que até o momento da votação ainda é possível convencê-los."
Na avaliação do vice-presidente, a melhor forma de se dirigir ao PT é "mostrar, evidenciar, aquilo que todos sabemos: que o ajuste é indispensável para termos uma economia saudável". "Foi assim na Câmara, a Câmara dos Deputados colaborou, e eu tenho certeza que lá no Senado a base aliada também vai colaborar e a oposição compreender", afirmou Temer.
"Veja que tivemos sucesso na articulação na Câmara dos Deputados e igualmente na aprovação do ministro Fachin (no Senado Federal). É preciso que o governo não titubeie, não estamos titubeando, não pode haver nenhuma fragilização em relação ao ajuste.