A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decide hoje o futuro do prefeito de Mariana, Celso Cota (PSDB).

Condenado em todas as instâncias por usar recursos da prefeitura para fazer propaganda pessoal em um jornal do município, o prefeito conseguiu em 2012 ter um recurso extraordinário aceito pelo TJMG, que pode reverter sua condenação. Os advogados do prefeito alegam que sua condenação é nula, pois o jornal em que a propaganda foi veiculada não foi incluído como parte da ação.

Dos cinco integrantes da Segunda Câmara, dois votaram pela anulação da condenação e seu retorno à estaca zero e dois foram contra. A palavra final é da desembargadora Hilda Teixeira da Costa. Em 2010, essa condenação impediu que Cota disputasse uma vaga de deputado estadual. Dois anos depois, esse recurso que vai ser julgado hoje garantiu sua participação nas eleições. Caso seja condenado, Cota pode ficar inelegível por sete anos. O julgamento do prefeito mobiliza adversários e aliados em Mariana e deve ser acompanhado por muitos moradores da região.

Além dessa condenação que pode ser revertida, Cota responde a outras ações por improbidade na justiça.

Em dezembro, em uma delas, ele teve seus bens bloqueados por causa de um inquérito do Ministério Público que acusa o prefeito de fraudar licitações. A denúncia também envolve uma empresa de comunicação local que antes mesmo de ser contratada por meio de um procedimento licitatório já recebia pagamentos do município. A suspeita é que a agência tenha recebido, indevidamente, mais de R$ 400 mil (valores atualizados). O prefeito e a empresa tiveram os bens bloqueados.

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