Brasília - O ex-vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, confirmou à CPI da Petrobras que foram pagos R$ 110 milhões em propina entre 2007 e 2012. Segundo ele, a propina alimentou campanhas políticas e os operadores do esquema ganharam poder ao evitar a relação direta entre empreiteiras e políticos. "Os operadores faziam questão de nos alijar do contado com os políticos", disse.
O executivo disse que a falta de projetos básicos adequados levou a Petrobras a fazer aditamentos contratuais, o que seria um dos fatores de prejuízo para a estatal. "Isso gera essa confusão que em algum momento será acertado através de aditivos", explicou.
Para ele, o Tribunal de Constas da União (TCU) tem um trabalho "inglório". "É muito difícil do TCU fazer o casamento do que é o contrato e do que é o empreendimento", afirmou.