Brasília - O ex-vice-presidente da Camargo Corrêa Eduardo Hermelino Leite disse nesta terça-feira, 26, aos deputados da CPI da Petrobras que a relação da empreiteira com a estatal seria "muito difícil" se não houvesse o pagamento de propina a diretores.
No depoimento, Leite disse que o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco deixou claro que a Diretoria de Serviços servia aos interesses do PT e que o diretor Renato Duque era apadrinhado do partido, ao qual o esquema deveria prestar contas. Com a saída de Duque da Petrobras, o ex-diretor o procurou para que sua consultoria fosse contratada de forma a manter a rotina de pagamento de propina.
Ele voltou a falar do encontro com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que queria recursos para o partido. Leite afirmou que a Camargo se recusou a pagar propina em forma de doação para campanha eleitoral.