Paim afirmou que, em troca de seu apoio às medidas do ajuste, tentou negociar com o governo dois compromissos: um veto total ao artigo do abono salarial e a promessa de que não haveria veto à emenda, inserida em outra MP, que flexibilizou o fator previdenciário. Mas, relatou Paim, o Palácio do Planalto não cedeu.
Nesta tarde, os líderes do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-RS), e do PT, Humberto Costa (PE), disseram que a presidente Dilma Rousseff aceitara vetar parcialmente o artigo do abono. O compromisso, no entanto, se refere apenas à redução do tempo de carência para o recebimento do benefício de três meses - conforme consta na MP - para a manutenção das normas atuais, de 30 dias. "Nem isso foi prometido", reclamou Paim.
Paim disse ainda que não se sente incomodado em votar contra a orientação de sua bancada, que nesta tarde fechou questão pela aprovação das MPs do ajuste. "A esta altura do campeonato, por fechamento de questão, eu vou votar contra o trabalhador? Claro que não".
O senador petista disse ainda que, caso o governo se mantenha inflexível nos temas do abono salarial e da flexibilização do fator previdenciário, ele também votará contra a Medida Provisória 668, que aumenta alíquotas de importação e que também faz parte do ajuste fiscal..