Moro havia dado prazo até o final da quinta feira, 21, para que a defesa do ex-diretor - preso preventivamente desde janeiro em Curitiba - apresentasse suas alegações finais nos autos em que Cerveró foi denunciado por lavagem de dinheiro na compra via offshore uruguaia de uma cobertura de R$ 7,5 milhões em Ipanema, no Rio. As alegações finais foram apresentadas nesta segunda-feira, 25.
" Considerando que os dois defensores, inclusive o original, finalmente apresentaram as alegações finais, resolvo revogar a multa imposta ao defensor pela decisão de 22/05/2015, já que o retorno, ainda que tardio, significa que não abandonou o feito. Portanto, revogo a multa imposta pela decisão de 22/05/2015, apesar da manutenção do juízo de censura pelo comportamento processual questionável", decidiu Moro.
Nesta terça-feira, 26, a Justiça Federal condenou Cerveró a cinco anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro na compra do apartamento. Na sentença, Moro decretou também confisco do imóvel que, segundo o Ministério Público Federal foi adquirido "com produto de crimes de corrupção" na Petrobras. Esta é a primeira condenação de Nestor Cerveró, no âmbito de Lava Jato..