No mesmo pedido em que autoriza o procedimento contra Raupp, o ministro autoriza que sejam quebrados os sigilos telefônicos de Maria Cléia Santos de Oliveira, assessora do senador; dos executivos da Queiroz Galvão Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Collares Filho; e do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Operação Lava Jato. A autorização é para que sejam revelados dados telefônicos entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro do mesmo ano.
Raupp é alvo de dois inquéritos no Supremo, abertos em março por autorização de Teori após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em um dos inquéritos, Raupp é investigado junto com outros 38 suspeitos para apurar se houve formação de quadrilha para realização de desvios na Petrobras.
Em outro inquérito, o senador é investigado por ter supostamente recebido dinheiro desviado da estatal petroleira. Em acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, o doleiro Alberto Youssef disse ter operacionalizado o pagamento de R$ 500 mil para a campanha de Raupp ao Senado de 2010. Segundo o doleiro, o valor seria proveniente de sobrepreços aplicados em contratos da Petrobras..