O texto do relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), Rodrigo Maia (DEM-RJ), previa a obrigatoriedade de apenas um parlamentar na Câmara ou no Senado. A alteração pune partidos como PSOL (4 deputados), PTN (4), PMN (3), PRP (3), PSDC (2), PEN (2), PTC (2), PT do B (2), PRTB (1) e PSL (1). Destes, o PSDC ficou dividido e apenas PSL, PRP, PRTB e PEN votaram majoritariamente a favor da proposta defendida por Cunha.
A alteração proposta pelo texto a ser apresentado poupa o PC do B (13) que, contrariando seus princípios, mas cumprindo acordo feito com o PMDB, votou favoravelmente ao distritão, sistema eleitoral pelo qual vereadores, deputados estaduais e federais são eleitos por voto majoritário.
"Conceitualmente acho que o parlamento brasileiro tem que se adequar à realidade dos parlamentos do mundo, que têm cláusula de desempenho", afirmou Mendonça Filho (PE), líder do DEM.
Apesar de mais severa que a proposta do texto de Maia, a cláusula de barreira apresentada como retaliação ainda é mais branda que a que constava no relatório da Comissão Especial de Reforma Política, que foi desprezado. O parecer do colegiado propunha que só teriam acesso a tempo de TV e fundo partidário a legenda que tivesse obtido no mínimo 2% dos votos válidos na última eleição para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 1/3 dos Estados, com um mínimo de 1% do total de cada um deles.
Hoje, a Câmara retomou a discussão da reforma política coma votação de opções de financiamento de campanha. A primeira proposta, que defendia doações públicas e por pessoa física, foi rejeitada por 240 votos contrários, 163 favoráveis e 66 abstenções. Até a noite desta quarta, os deputados discutiam o financiamento exclusivamente público..