São Paulo e Curitiba - Preso pela Operação Lava-Jato, o empresário Mário Frederico Mendonça Góes - suposto operador de propinas na Diretoria de Serviços, cota do PT no esquema de corrupção na Petrobras -, chorou diante do juiz federal Sérgio Moro.
Góes está preso em caráter preventivo, por ordem de Sérgio Moro. A audiência foi solicitada pela defesa de Góes para pedir conversão da custódia em regime domiciliar, "mesmo com uso de tornozeleira". A defesa orientou o prisioneiro a não falar sobre o mérito da acusação e argumentou que "a situação carcerária" do alvo da Lava-Jato é incompatível cm seu estado de saúde.
Segundo seu advogado, Góes em regime domiciliar poderá ter o tratamento que necessita, a realização de vários exames. "O paciente tem quadro hipertensivo, colite, diverticulite, é diabético, sofre de uma série de problemas ortopédicos que recomendam acompanhamento constante, alimentação adequada, acompanhamento de natureza psiquiátrica."
O juiz da Lava-Jato voltou-se para Góes e perguntou a ele. "Sr. Mário, tem alguma coisa que quer dizer diretamente?"
Ele respondeu. "Eu gostaria de dizer o seguinte: eu não me nego a responder o processo, eu tenho um processo que vem de uma única acusação." Nesse momento, Góes começou a chorar.
"O sr. pode tomar uma água se quiser", recomendou o juiz Sérgio Moro.