Brasília - Um dia depois de ter manobrado para incluir na Constituição o financiamento de partidos por empresas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na manhã desta quinta-feira que um modelo político sem doações privadas seria "praticamente impossível". Defensor da permissão legal para que empresas doem para campanhas políticas, ele disse ainda que o financiamento político no Brasil "nunca foi nem nunca será privado". "Será público e privado", disse, argumentando que também são usadas dotações do Fundo Partidário.
Mas, pelo sistema proporcional, o uso apenas de verba pública é "praticamente impossível", disse o deputado. "Com tantas candidaturas atuais, o volume (de recursos) seria enorme. Até a própria distribuição (do dinheiro) geraria uma crise e seria difícil chegar a um consenso", concluiu o peemedebista.