O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu na tarde desta quinta-feira, 28, o fim da reeleição, dispositivo aprovado ontem pela Casa como parte do pacote de votações da reforma política. Segundo ele, o mecanismo, incluído na Constituição Federal em 1997, causa um "prejuízo enorme" principalmente às prefeituras. "Eu inicialmente era contrário ao fim da reeleição. Depois eu evolui e fiquei favorável, principalmente por causa da questão das prefeituras. O fato de ter reeleição foi um prejuízo enorme para a administração das prefeituras", declarou Cunha.
Questionado, o peemedebista afirmou ser contrário à limitação de reeleições por membros do Legislativo. Segundo ele, os congressistas "não têm caneta" e exercem a representatividade pela "palavra e pelo voto", razão pela qual não se justifica um limite de reeleições. "Uma discussão (do fim da reeleição) é o poder que você tem para ser utilizado em favor de você mesmo", disse.
Mandato
Cunha se disse favorável à atual duração dos mandatos, de quatro anos. "Ficar muito tempo sem reeleição num regime presidencialista como o nosso é muito perigoso. Cinco anos talvez seja muito tempo", avaliou.