Brasília, 28 - Os deputados, que votam nesta quinta-feira, 28, mais uma etapa da reforma política, entraram num impasse no debate sobre mudanças na duração dos mandatos eletivos, e a deliberação do tema teve de ser adiada. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou ainda que a falta de acordo torna inviável a análise ainda nesta quinta-feira de outros dois pontos da reforma: a coincidência ou não dos mandatos e a reserva de cotas para mulheres nas eleições para o Congresso.
Nesta quarta-feira, 27, a Casa aprovou o fim da reeleição para cargos do Executivo, mas nesta quinta os deputados não conseguiram acertar o procedimento para analisar a duração dos mandatos. Mantê-los com os atuais quatro anos provocou críticas de que o tempo seria insuficiente para os governos.
Por outro lado, a possibilidade de ampliá-los para cinco anos abriria um novo conflito: se a Câmara estabelecer mandato igual para os senadores, esse dispositivo deve ser derrubado no Senado. Já pôr mandato de dez anos para os senadores causaria desgaste com a opinião pública, avaliam.
Cunha chegou a suspender a sessão e convocou uma reunião de líderes para tentar desatar o nó, mas não houve acerto. Com isso, esses pontos foram postergados e os deputados começaram a discutir o fim das coligações proporcionais.