O ato faz parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações contra o PL da terceirização, as Medidas Provisórias 664 e 665 e o ajuste fiscal. Ele é organizado pela CUT e por outras centrais sindicais. A expectativa é de que haja um ato de encerramento dos protestos às 17 horas, na Praça da República, no centro da capital paulista.
Os protestos começaram desde a madrugada em diversos pontos do País. Em São Paulo, não houve até o momento registro de paralisações no setor de transportes. Na região central da cidade, a maior parte dos bancos não abriu nesta sexta-feira. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a categoria está unida para lutar contra a terceirização. "Os bancos são os mais interessados na terceirização. Ganham muito com ela. Já terceirizaram uma série de serviços e poderão fazer isso com todos os outros se o PL da Terceirização passar pelo Congresso Nacional", afirmou, em nota. Juvandia disse ainda que, no setor financeiro, os terceirizados ganham até 70% menos, trabalham mais e não têm os direitos conquistados pela categoria.
A Avenida Paulista, no centro da capital, chegou a ficar interditada no sentido Paraíso, por volta das 10 horas. O protesto em frente ao prédio da Fiesp foi organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e reuniu cerca de 200 pessoas. Apesar de já ter sido liberada para o trânsito, por volta das 11 horas, um novo protesto - dessa vez dos professores estaduais - está marcado para essa tarde no vão livre do Masp.
Na Universidade de São Paulo (USP), durante protesto que reuniu alunos e funcionários da instituição hoje cedo, houve registro de confusão com a Polícia Militar. Os manifestantes bloquearam a esquina da Avenida Vital Brasil com a Rua Camargo, perto do portão 1 da USP, e armaram uma barricada de pneus. A PM usou bombas de efeito moral para dispersar o protesto, que foi encerrado.
Metalúrgicos
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, cerca de 14 mil trabalhadores participaram de protestos nesta manhã. A assessoria do sindicato informou que houve paralisação de 24 horas na General Motors, Avibras, TI Automotive, MWL e Blue Tech.
"Os trabalhadores estão indignados com todos esses ataques aos direitos. Hoje está sendo um importante dia para toda a classe trabalhadora. A presidente Dilma e o Congresso Nacional estão fazendo o papel de defensores dos patrões, e isso nós não vamos aceitar. Nossa luta é em defesa dos direitos dos trabalhadores. O próximo passo é construir uma greve geral", afirmou o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá..