Belo Horizonte, 29 - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam o prédio do Ministério da Fazenda na capital mineira, na Avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte. Conforme a Polícia Militar, que acompanha o protesto, cerca de 100 pessoas estão no local.
Para o membro da direção nacional do MST-MG, Silvio Neto, serão mil pessoas que ocuparão o prédio hoje por tempo indeterminado. O representante, com outros movimentos sociais, como a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf), da CUT-MG, e o Movimento dos Atingidos por Barragens, eteve com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, um pouco antes da realização do Fórum Dialoga Brasil Sudeste, debate com a sociedade civil para a construção do Plano Plurianual 2016-2019.
"Apresentamos nossas pautas e as insatisfações que temos para com o governo. O ministro falou que não existe mudança da estratégia do governo na atuação no social. Mas as palavras não condizem com os fatos", afirmou, justificando a mobilização no dia de hoje contra a lei da terceirização e o recrudescimento na obtenção dos direitos trabalhistas. "De conversas estamos cheios. Há uma onda de ataque à democracia", declarou.
Hoje, a capital mineira, assim como outras regiões do País, é palco de diversas manifestações devido à manifestação geral convocada pela CUT. Desde às 0h de hoje, o metrô de Belo Horizonte não funciona, descumprindo ordem judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Alguns ônibus não circularam na manhã de hoje na capital e Contagem, na região metropolitana, mas agora a situação está normalizada.
Os Correios, por meio de nota, informaram que a ausência de empregados no Estado nesta sexta-feira se soma a 267, de um total de 13 mil colaboradores, mas que os serviços estão sendo executados dentro da normalidade. Na manhã de hoje, os colaboradores dos Correios chegaram a fazer uma manifestação na BR-262, na altura do bairro Universitário, na região da Pampulha.
Para a tarde, liderados pela CUT, os movimentos sociais preparam um grande ato. A concentração será a partir das 16 horas na Praça Afonso Arinos, no centro, e seguirá até a Praça Sete, também na região central da cidade. Às 14 horas, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), está agendada uma audiência pública com a presença do senador Paulo Paim (PT-RS).