Brasília, 29 - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta sexta-feira, 29, que o recuo do PIB no primeiro trimestre, de 0,2% ante o último trimestre de 2014, demonstra a gravidade do quadro econômico no Brasil. Os resultados confirmam, conforme o tucano, que o País infelizmente não atravessa apenas um momento difícil, como o governo do PT tenta fazer crer, mas sim uma recessão que não se sabe por quanto tempo vai durar.
Para Aécio, as previsões para o resto do ano, "que até outro dia pareciam assustadoras, agora já soam otimistas". "O que já está ruim, infelizmente, deve piorar", disse em nota o senador, derrotado nas eleições presidenciais de outubro.
O tucano afirmou ainda que "o governo petista simplesmente assiste ao mundo avançar, deitado em berço esplêndido". "São 12 anos sem ocorrer ao menos uma das reformas importantes para economia e sem qualquer providência para dinamizar a economia, exceto os remendos feitos. Esses sim, com efeitos passageiros", destacou.
O presidente do PSDB afirmou que não se muda tal situação buscando culpados imaginários, inventando subterfúgios, nem insistindo em estratégias equivocadas. Aécio disse que é isso que o governo do PT oferece a todos. "Vivemos hoje um retrocesso econômico, inflação alta, desemprego em ascensão e crise moral, sufocados pela corrupção e pela ineficácia do Estado na vida da população", criticou.
Aécio disse que o PSDB se mantém vigilante e atuante para fazer prosperar iniciativas que ajudem a modernizar o País. Também afirmou que, ao mesmo tempo, protagoniza "firme resistência a medidas que dificultam ainda mais a vida dos brasileiros, como as que compõem o arrocho recessivo ora em discussão no Congresso".
"O Brasil precisa sair do buraco em que foi colocado pelas gestões temerárias do PT. Não há mais tempo a desperdiçar", concluiu.
Câmara
Líderes dos partidos de oposição na Câmara dos Deputados também atacaram a política econômica do governo Dilma Rousseff após o anúncio de que o PIB brasileiro recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano.
"O vexame só não foi maior porque a agropecuária, historicamente tratada com descaso pelo petismo, cresceu 4,7% no período", disse o líder da minoria na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), por meio de nota. "Mais do que números frios, os índices comprovam que o brasileiro está cada vez mais pobre e que as empresas estão produzindo menos. Este ano, o Brasil de Dilma estará no seleto grupo das 10 economias que menos crescerão no mundo", completou.
Já o líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), chamou o cenário da economia brasileira de "terra arrasada". "A população amarga o resultado do desastre do governo Dilma/PT, que optou pela irresponsabilidade fiscal em seu primeiro governo. As práticas penalizam os brasileiros com um quadro de recessão, inflação alta e desemprego crescente", declarou o parlamentar.
Em nota, Mendonça manifestou preocupação com os dados relacionados ao nível de investimento e a queda do consumo das famílias. "A queda no investimento preocupa porque o País precisa voltar a crescer para gerar empregos e renda, mas ninguém se sente seguro para investir", comentou.