Segundo Dilma, MPs 664 e 665, que alteram benefícios trabalhistas, são apenas "correções de rumo", mas o projeto de lei das desonerações é "crucial" para o sucesso do ajuste fiscal do governo. "Esse projeto é crucial e é ele que dá a maior parcela do ajuste", afirmou. A presidente lembrou que o projeto gerou perdas de R$ 25 bilhões em arrecadação e que o projeto, se aprovado, vai reduzir as perdas para R$ 12 bilhões.
Dilma garantiu que o governo vai manter seus projetos sociais, como o Minha Casa, Minha Vida. E reforçou que política de subsídios do governo não acabou, apenas terá uma menor escala. "Agora temos que reequilibra o fiscal", reforçou.
Apesar de reconhecer que o país enfrenta um momento difícil, Dilma afirmou que o Brasil vai continuar avançando e os resultados vão aparecer. "Há uma agenda de futuro simultaneamente a do ajuste fiscal", afirmou, ressaltando que essa agenda ainda está sendo construída e que ela deve ser feita de forma "cuidadosa". "O Brasil vai continuar avançando, em que pese toda a dificuldade e turbulência politica provocada pelo acirramento do que foi essa terceira eleição", disse, para depois corrigir: "A quarta, pois a terceira foi mansa".
Dilma disse que a reforma política é fundamental para fortalecer os partidos e defendeu o fim do financiamento empresarial de campanha.
Petrobras
Em seu discurso, Dilma voltou a afirmar que a Petrobras "virou a página dos processos de corrupção que a atingiram profundamente" e disse que a aprovação e divulgação do balanço foi uma comprovação de que a estatal agora já vive uma nova etapa. "Agora temos condições de lançar o plano estratégico de investimento da Petrobras", disse.
Dilma fez uma longa defesa do programa de conteúdo nacional e afirmou que ele foi o responsável pela criação de muitos empregos no país. "O Brasil não vai ser aquele país que só exporta óleo bruto; não vamos cair na maldição do petróleo", afirmou, ressaltando que países que não usam a cadeia do petróleo acabam se desindustrializando..