Brasília, 31 - Após uma semana de desgaste na condução da votação da reforma política, líderes de partidos governistas e de oposição avaliam que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enfrentará a partir de agora mais dificuldades para impor suas vontades ao plenário da Casa.
O desconforto atingiu nesta semana os partidos de oposição - que ganharam voz na gestão Cunha - e chegou à bancada do PMDB. O tratamento dado pela presidência da Câmara ao deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), relator na Comissão Especial da Reforma Política, causou indignação entre os membros do partido. O colegiado não teve a oportunidade nem sequer de votar o parecer de Castro, destituído por Cunha, e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi escolhido para relatar a proposta no plenário.
O reação imediata foi que 13 deputados do partido votaram para derrubar o sistema eleitoral conhecido por distritão, bandeira do PMDB, e só 18 seguiram a orientação do líder Leonardo Picciani (RJ) para votar contra o fim das coligações proporcionais. Ao começar a votar contra o líder, a bancada deixa entrever que a relação com a Casa vai mudar por ela estar desgostosa com Cunha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.