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Estado de Minas

Apesar da derrota, Cunha continua sendo o maior líder individual


postado em 31/05/2015 16:19 / atualizado em 31/05/2015 16:32

São Paulo - Apesar da dupla derrota no plenário da Câmara na semana passada, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), continua sendo o político com maior poder individual no País, capaz de mobilizar votações e incomodar o governo. "Ele perdeu (com a derrubada do 'distritão' e do financiamento privado para partidos e candidatos), mas quem é que consegue sozinho mobilizar o Congresso para as votações? Ele ainda tem um poder que outros líderes e a própria presidente da República não têm, individualmente, como força política; Cunha é mais forte do que o PMDB, do que a Dilma e do que a oposição", avalia o cientista político Carlos Melo.

Segundo Melo, mesmo com toda a força política que tem demonstrado desde que assumiu a Presidência da Câmara, Cunha se deixou levar pelo excesso de confiança e até por certa arrogância no trato com seus colegas, como por exemplo, no episódio em que enterrou a comissão especial da reforma política, ignorando e criticando o relatório elaborado durante quatro meses de discussão pelo correligionário Marcelo Castro (PMDB-PI).

"Ele tem poder, mas não o suficiente para tratar os colegas sem o devido respeito", afirma Melo. Para os que acreditam que a derrota deixará Cunha mais brando em seus embates, o cientista político afirma que deverá ocorrer justamente o contrário. E lembra que o peemedebista sabe o momento exato de dar o revide para quem o deixou ressentido.

Sobre essa característica de Cunha, Carlos Melo invoca a música "Não Leve Flores", de Belchior, para falar da cautela que os adversários do peemedebista devem ter: "Não cante vitória muito cedo, não, nem leve flores para a cova do inimigo, que as lágrimas do jovem são fortes como um segredo: podem fazer renascer um mal antigo."

PSDB

Sobre a divisão da bancada no PSDB na votação do "distritão", na qual 21 deputados votaram a favor dessa proposta e 26 foram contrários, Carlos Melo diz que foi um sinal mais eloquente da fraqueza do líder da legenda, senador Aécio Neves, do que (da eventual fraqueza) do próprio Cunha.


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