Cerca de 20 manifestantes fizeram um apitaço contra o governador Fernando Pimentel (PT) na noite desta segunda-feira em frente ao Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. O protesto seria por causa de denúncias que envolvem a primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira. Segundo a PF, a jornalista teria uma empresa de fachada, a Oli Comunicações e Imagens, que foi usada pela organização do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, um dos presos na sexta-feira, durante Operação Acrônimo.
Populares do movimento “Fora Dilma” apitam e batem panelas no portão lateral do local, onde ocorre um jantar de lançamento do “Projeto Fartura 2015”, com a presença de chefs e autoridades. O governador, no entanto, não ouviu os gritos e nem viu as faixas contra ele. Pimentel não participa do evento.
Sobre as denúncias contra Carolina, os investigadores relataram que no local em que funcionava a Oli, em Brasília, nenhum dos funcionários conhecia Carolina. Na sexta-feira, a PF fez buscas no apartamento em que Carolina morava, no Distrito Federal, antes de se casar com Pimentel. Ainda segundo a PF, Fernando Pimentel não está sendo investigado na operação.
Carolina Oliveira divulgou em um site na internet documentos da Oli Comunicação e Imagens, que comprovam que a empresa não funcionava desde julho do ano passado no endereço onde hoje está localizada uma das firmas do empresário Benedito Rodrigues Oliveira.
No endereço eletrônico (comunicadoimprensa.com.br), há cópia do termo de encerramento do contrato de aluguel da sala, datado de 20 de julho de 2014 e assinado pela Rafael Souza Empreendimentos Imobiliários. “A Oli Comunicação nunca dividiu seu endereço comercial com qualquer outra empresa. O documento abaixo registra o fim do contrato de locação no edifício Brasil 21, em Brasília, em 20 de julho de 2014. A imobiliária Rafael Souza Empreendimentos Imobiliários foi a responsável pelo contrato de locação. A outra empresa apontada pela investigação passa a ocupar o imóvel apenas no dia 28 de agosto, conforme alteração contratual registrada na junta comercial. O documento consta nos autos do processo”, diz o texto, que apresenta o documento. (Com informações de Alessandra Mello)